Eliane F.C.Lima
Toninho era diferente de seus irmãos. Todos eram branquinhos, ele, moreninho. Todos eram robustos, ele, um graveto. Todos paradões. Toninho, a vida era pouca para ele. Puxou ao bisavô paterno. Diziam.
Quebrou a perna, um dedo da mão, costurou várias vezes a cabeça, teve dor de barriga feia: comeu fruta desconhecida.
No quintal, conhecia todos os buracos de formiga. Achava a minhoca mais escondida. Os cachorros andavam atrás feito sombras. Mal aparecia, rabinhos balançando, verdadeira adoração. Pois se o garoto era pura ternura!
É claro, Toninho morreu menino. Viveu mais do que qualquer um em menos tempo. E precisava ver, com urgência, o que havia no outro mundo.
Toninho era diferente de seus irmãos. Todos eram branquinhos, ele, moreninho. Todos eram robustos, ele, um graveto. Todos paradões. Toninho, a vida era pouca para ele. Puxou ao bisavô paterno. Diziam.
Quebrou a perna, um dedo da mão, costurou várias vezes a cabeça, teve dor de barriga feia: comeu fruta desconhecida.
No quintal, conhecia todos os buracos de formiga. Achava a minhoca mais escondida. Os cachorros andavam atrás feito sombras. Mal aparecia, rabinhos balançando, verdadeira adoração. Pois se o garoto era pura ternura!
É claro, Toninho morreu menino. Viveu mais do que qualquer um em menos tempo. E precisava ver, com urgência, o que havia no outro mundo.
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