Eliane F.C.Lima
Isso se passava no tempo em que crianças não falavam em conversa de adulto, só ouviam.
Alguns almoços de domingo, pai, mãe e filhos sentados à mesa. Era a senha: desciam, da casa de cima, as três irmãs do pai. Vinham conversar.
Começava conversa, sim, idéias jogadas aqui e ali. Tudo muito comportado, ainda.
Aos poucos, um espírito felliano baixava naquela família carioca, avô baiano. Um frêmito tomava conta dos quatro irmãos, ninguém aceitava mais o que ninguém dizia, discussão instaurada.
As crianças, para surpresa dos adultos que seriam futuramente, embora caladas, se divertiam muito, único momento de descontração no rigor da educação severa da época.
Quase indo às vias de fato, providencialmente, sempre uma das irmãs - ou duas - desmaiava e era preciso socorrer. Atentos, os olhos infantis aguardavam, curiosos, o desfecho apoteótico do drama teatral dominical. Pena não poder aplaudir.
Isso se passava no tempo em que crianças não falavam em conversa de adulto, só ouviam.
Alguns almoços de domingo, pai, mãe e filhos sentados à mesa. Era a senha: desciam, da casa de cima, as três irmãs do pai. Vinham conversar.
Começava conversa, sim, idéias jogadas aqui e ali. Tudo muito comportado, ainda.
Aos poucos, um espírito felliano baixava naquela família carioca, avô baiano. Um frêmito tomava conta dos quatro irmãos, ninguém aceitava mais o que ninguém dizia, discussão instaurada.
As crianças, para surpresa dos adultos que seriam futuramente, embora caladas, se divertiam muito, único momento de descontração no rigor da educação severa da época.
Quase indo às vias de fato, providencialmente, sempre uma das irmãs - ou duas - desmaiava e era preciso socorrer. Atentos, os olhos infantis aguardavam, curiosos, o desfecho apoteótico do drama teatral dominical. Pena não poder aplaudir.
2 comentários:
O que li fez-me recordar os jantares e almoços na casa de meus pais.
Que diferença! Ali não havia crianças, nem adultos.Por vezes as vozes eram encobertas pelos risos.
Tive uma infância com muito carinho. Os Domingos eram especiais, pois havia sempre uma receita de"comer e chorar por mais".
Vou continuar a vir cá.
A sua nova acompanhante que tem pouca experiência nestas "andanças de blogs"
Gostei e escrevi.
Mas não vi o meu comentário.
Recordei os Domingos da minha infância...
A nova seguidora de Oliveira de Azeméis (terra de Ferreira de Castro).
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