Eliane F.C.Lima (Registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Sempre fui uma pessoa muito sensível, desde menino.
Ainda novinho, ia de árvore em árvore do enorme quintal de minha casa. Subia e, se achava um ninho com os ovinhos lá dentro, sem a mãe, acreditava que eles estavam abandonados. Pegava e levava para casa, deixando em uma caixinha que eu tinha ali. Sempre me frustrava. Não nascia nada e eles ainda estragavam.
Quando via aquele monte de formigas no chão de terra, andando para lá e para cá, atarantadas, cria eu, morrendo de pena por ver a aflição delas, que estavam sofrendo muito e, desesperado, para acabar com aquilo tudo, arrastava o pé em todas elas.
Foi assim com a história do gatinho. Sujinho e faminto, levei, escondido, para casa. O bichinho miava muito. Na minha inocência de criança, imaginei que ele tinha esquecido como é que parava de miar. Amarrei a boca dele com um pano. E para que ele não tivesse mais frio, guardei em uma caixa de papelão dentro do armário. Passados muitos dias, como tivesse me esquecido, comecei a sentir um cheiro esquisito. O pobrezinho tinha morrido, imagine a minha aflição. Para que minha mãe não descobrisse nada, joguei no lixo bem longe de casa e derramei meu vidro de perfume dentro do armário. Disse que tinha sido um acidente.
Hoje, mesmo adulto, continuo com esse mesmo tipo de sentimento, imaginem. Continuo a salvar os bichinhos que encontro pela rua.
Sempre fui uma pessoa muito sensível, desde menino.
Ainda novinho, ia de árvore em árvore do enorme quintal de minha casa. Subia e, se achava um ninho com os ovinhos lá dentro, sem a mãe, acreditava que eles estavam abandonados. Pegava e levava para casa, deixando em uma caixinha que eu tinha ali. Sempre me frustrava. Não nascia nada e eles ainda estragavam.
Quando via aquele monte de formigas no chão de terra, andando para lá e para cá, atarantadas, cria eu, morrendo de pena por ver a aflição delas, que estavam sofrendo muito e, desesperado, para acabar com aquilo tudo, arrastava o pé em todas elas.
Foi assim com a história do gatinho. Sujinho e faminto, levei, escondido, para casa. O bichinho miava muito. Na minha inocência de criança, imaginei que ele tinha esquecido como é que parava de miar. Amarrei a boca dele com um pano. E para que ele não tivesse mais frio, guardei em uma caixa de papelão dentro do armário. Passados muitos dias, como tivesse me esquecido, comecei a sentir um cheiro esquisito. O pobrezinho tinha morrido, imagine a minha aflição. Para que minha mãe não descobrisse nada, joguei no lixo bem longe de casa e derramei meu vidro de perfume dentro do armário. Disse que tinha sido um acidente.
Hoje, mesmo adulto, continuo com esse mesmo tipo de sentimento, imaginem. Continuo a salvar os bichinhos que encontro pela rua.
Um comentário:
Que coisa mais linda, Eliane!
Uma criança é uma criança. Lembrei-me de quando Mell ainda pequena, encantada com uns pintinhos, e desconhecendo sua força, esmigalhou um deles com as mãos. rsrs Até escrevi sobre isso lá no Fundo I. Depois te envio um mail com o linque.
Hoje, adulta e mãe, ela ainda acha que pintinhos são a coisinha mais linda deste mundo; imagine...rsrs
Quanto ao desfecho do seu belo conto, sentimentos cultivados na infância, crescem conosco, ainda que tragam as marcas do aprendizado.
Bjs, querida. E inté!
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