Tinha um quadro na parede há muitos anos. Já estava cheio dele. Resolveu guardar e comprar um outro novo.
Passado um ano, precisando de espaço no armário, pegou o quadro e pagou um sujeito para levar, junto com outras tralhas velhas.
Quando saiu de casa, no dia seguinte, lá estava o quadro, postado ao pé de um poste, no meio da calçada.
Sentiu-se meio envergonhado de vê-lo ali, sujando a rua, como se fosse ele que tivesse colocado.
Pegou o quadro e levou-o de volta. Para o armário. Um dia, jogava de novo fora.
Passados dois anos, nova arrumação. O quadro vai parar no lixo de novo.
A síndica reclama do objeto, do lado de fora, junto ao lixo reciclável.
Sem graça, o dono leva o quadro para dentro.
Mais três anos. Armário aberto, o morador pega o quadro. Caminha com ele nas mãos até a sala em direção à porta de saída. Olha para o que está atrás do sofá. Não aguenta mais olhar para ele.
Retira com cuidado. Observa o mais antigo. Realmente, ele é bem mais bonito. E querido.
Vitorioso, o quadro anterior volta para seu antigo posto.
Passado um ano, precisando de espaço no armário, pegou o quadro e pagou um sujeito para levar, junto com outras tralhas velhas.
Quando saiu de casa, no dia seguinte, lá estava o quadro, postado ao pé de um poste, no meio da calçada.
Sentiu-se meio envergonhado de vê-lo ali, sujando a rua, como se fosse ele que tivesse colocado.
Pegou o quadro e levou-o de volta. Para o armário. Um dia, jogava de novo fora.
Passados dois anos, nova arrumação. O quadro vai parar no lixo de novo.
A síndica reclama do objeto, do lado de fora, junto ao lixo reciclável.
Sem graça, o dono leva o quadro para dentro.
Mais três anos. Armário aberto, o morador pega o quadro. Caminha com ele nas mãos até a sala em direção à porta de saída. Olha para o que está atrás do sofá. Não aguenta mais olhar para ele.
Retira com cuidado. Observa o mais antigo. Realmente, ele é bem mais bonito. E querido.
Vitorioso, o quadro anterior volta para seu antigo posto.
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