Eliane F.C.Lima (registrado no Escritório de Direitos Autorais)
Quando parou no sinal, janela ligeiramente aberta, um menino de uns dez anos se aproximou, um caco de vidro na mão. Enfiou o braço pela janela e pediu a bolsa.
Ela acionou o botão para fazer subir o vidro, ao mesmo tempo em que jogava o corpo para cima do banco do carona.
Vendo que o braço ia ficar preso, o garoto puxou-o para fora, furioso.
O sinal abriu e ela deu a partida no carro, ainda vendo a cara e os gestos que fazia a criança, da calçada.
Embora assustada, ia roída de ódio. Que pena que não tinha um spray de pimenta ali. Precisava comprar um.
Pena que não houvesse um dispositivo no vidro da janela que fizesse sair uma descarga elétrica, se a gente apertasse um botão.
Tomara que quando ele fosse assaltar outra pessoa, o sinal abrisse e ele fosse atropelado, que ficasse estripado no meio da rua.
Pena que o pilantrinha tivesse pegado o caco de vidro primeiro.
(Convido quem me visita a meus blogues Poema Vivo (link) e Literatura em vida 2 (link). )
Quando parou no sinal, janela ligeiramente aberta, um menino de uns dez anos se aproximou, um caco de vidro na mão. Enfiou o braço pela janela e pediu a bolsa.
Ela acionou o botão para fazer subir o vidro, ao mesmo tempo em que jogava o corpo para cima do banco do carona.
Vendo que o braço ia ficar preso, o garoto puxou-o para fora, furioso.
O sinal abriu e ela deu a partida no carro, ainda vendo a cara e os gestos que fazia a criança, da calçada.
Embora assustada, ia roída de ódio. Que pena que não tinha um spray de pimenta ali. Precisava comprar um.
Pena que não houvesse um dispositivo no vidro da janela que fizesse sair uma descarga elétrica, se a gente apertasse um botão.
Tomara que quando ele fosse assaltar outra pessoa, o sinal abrisse e ele fosse atropelado, que ficasse estripado no meio da rua.
Pena que o pilantrinha tivesse pegado o caco de vidro primeiro.
(Convido quem me visita a meus blogues Poema Vivo (link) e Literatura em vida 2 (link). )
Um comentário:
Eliane, esse seu conto-gota é um tratado... Surpreendem as reações que, repentinamente, a violência arranca de um e outro lado... Em meio à reflexão a gente estaciona no quem é quem, - e onde nem se pode afirmar que há inversão de papéis tudo se confunde... E vêm à luz faces que se rejeita e, comodamente acredita-se, só poderiam pertencer ao outro...
Isto para ficar num comentário "rasteiro", porque há muito mais aí, nesse seu conto imenso, (que à primeira vista aparenta apenas o desenrolar de uma cena do cotidiano da cidade grande), pleno em "logias",e que obriga o leitor a um encontro profundo, instigante, inquietante, consigo mesmo.
Uma aula, mestra! Bjs e inté!
ps: Toda enrolada. Logo que possa envio um e-mail.
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